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História da Marchetaria

A Marchetaria pode ser compreendida como a arte de embutir pequenos pedaços de madeira principalmente em peças de marcenaria a fim de decorá-los. Além da madeira, pode-se utilizar diversos outros materiais como plásticos, marfim, metal, madrepérola e pedras. 

A primeira notícia que se tem de um objeto que utilizou materiais diversos para criar figuras decorativas, foi o "Estandarte de Ur", como é conhecido e data de aproximadamente 2600 AC. É uma peça pequena, de aproximadamente 21 cm de altura por 50cm de comprimento e 11cm de largura, feita de madeira e em forma de trapézio.  Suas faces são decoradas com imagens que retratam a nobreza da época e suas batalhas, feitas em pequenas conchas e pedras semi-preciosas assentadas com betume. As cores impactantes do artefato são frutos do lápis-lazuli, calcário vermelho e ouro utilizados para sua confecção. Esses materiais, para que pudessem ser utilizados para o Estandarte, tiveram que ser trazidos de outras regiões, como o Vale do Indo, já que não existiam na região da Mesopotamia. 

 

Pode-se citar, ainda, Andre-Charles Boulle como um artista renomado no ramo da Marchetaria. Boulle era mestre ebenista para a corte do Rei Luis XIV e sua técnica e estilo são consagrados até hoje.

Atualmente, cada artista acaba por desenvolver uma técnica própria para a fabricação de peças marchetadas, que tem como inspiração aquelas outrora feitas por grandes artistas. Assim, praticamente qualquer ideia pode se transformar num belíssimo adorno marchetado, desde uma paisagem até a reprodução de uma foto. É possível, até mesmo, aplicar a marchetaria a pisos e tetos.

Já na Idade Moderna, principalmente nos séculos 17, 18 e 19, a Marchetaria foi muito utilizada pela nobreza. No museu do Palácio de Versailles é possível encontrar uma das mais célebres peças já feitas em marchetaria. Trata-se de um escrivaninha feita por Jean-François Oeben e Jean Henri Riesener iniciada em 1760 e entregue em 1769, para o Rei Luis XV. A essa peça foi dado o nome de "Bureau du Roi". 

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